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O apagão que atingiu São Paulo revela a falência de um modelo que transformou serviços essenciais em ativos financeiros e submeteu a vida urbana à lógica do lucro de curto prazo.

As relações sociais estabelecidas pelos homens no processo de produção determinam a trama da vida.

O Brasil deixou de ser percebido como o país do futuro e uma terra de oportunidades.

Neste novo mundo, nem todos encontram a segurança no trabalho e muitos estão à deriva.

O horror do nosso tempo de horrores são as vidas sacrificadas inutilmente.

Prestes a completar o seu primeiro quarto, o século XXI assiste a uma grande regressão quanto à organização política.

A situação de desemprego e de ausência de proteção faz com o futuro seja aleatório.

Bolsonaro não é capaz de governar. Assombra que tenha sido eleito e que setores da elite econômica o apoiem.

Grupos religiosos e políticos radicalizados fornecem espírito de corpo e sentido transcendente para vidas vazias de sentido.

A fome que aflige os brasileiros deriva de uma escolha política que favorece poucos ao custo do desespero da maioria

Por trás de Bolsonaro há o desejo de minar a democracia e liberar a acumulação capitalista.

A fome é uma desgraça que aflige os que não ingerem alimentos suficientes para suprir as necessidades da vida.

Bolsonaro é o demagogo que canalizou o ressentimento da classe média e serviu ao interesse dos plutocratas.